Figuras Históricas do Brasil: quem foi Tarsila do Amaral e por que sua arte ainda ensina?

26 de junho de 2025


O Brasil já foi pintado em cor-de-rosa, azul-turquesa e amarelo-canário. Já teve a cara de um Abaporu gigante e de operários enfileirados em tons vibrantes. Essa não é apenas uma imagem poética, é também um legado artístico. Quando a gente pergunta quem foi Tarsila do Amaral, não estamos só revisitando uma biografia: estamos convocando um modo de ver o Brasil com olhos indomados, que ainda pulsa em sala de aula.

Neste segundo texto da série Figuras Históricas do Brasil: quem foi e como ensinar, respondemos às perguntas mais buscadas sobre Tarsila e propomos caminhos pedagógicos para levar sua obra e legado à escola, com propostas práticas e livros literários da Editora do Brasil que dialogam com sua trajetória.

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Quem foi Tarsila do Amaral e qual sua importância?

Tarsila do Amaral nasceu em 1886, no interior de São Paulo. De origem abastada, estudou arte na França e em São Paulo, mas foi na interseção entre a técnica européia e a sensibilidade brasileira que construiu uma estética singular. Sua obra mais famosa, Abaporu, inspirou o Manifesto Antropofágico, que propunha “devorar” referências externas e reinventá-las à maneira brasileira.

Para além de pintar figuras alongadas ou paisagens em tons vibrantes, Tarsila propôs uma nova gramática visual. Foi uma das grandes artistas do modernismo brasileiro, ao lado de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfatti e outros nomes que desafiaram os padrões acadêmicos e celebraram o Brasil com irreverência e liberdade.

Tarsila do Amaral na escola: ideias práticas para trabalhar sua obra

Falar de Tarsila do Amaral na escola é cultivar repertório e liberdade criativa. A seguir, algumas sugestões para explorar sua arte em diferentes etapas da Educação Básica, com apoio de obras da Editora do Brasil:

1. Criação de painéis coletivos inspirados em Abaporu

Mostre o quadro original e discuta com a turma o que ele desperta. Depois, os alunos podem desenhar suas próprias figuras antropofágicas, exagerando proporções e usando cores vivas. A atividade estimula a criatividade e a percepção estética.

2. Linha do tempo modernista

Monte uma linha do tempo sobre a Semana de Arte Moderna de 1922, destacando o contexto histórico, os principais artistas e como Tarsila se insere nesse movimento. O livro Nasci em 1922, ano da Semana de Arte Moderna é excelente para essa introdução.

3. Atividades com literatura infantil

Tarsila também pode chegar aos pequenos leitores por meio de obras acessíveis e sensíveis. Em Tarsila e o papagaio Juvenal, acompanhamos uma divertida aventura inspirada em sua arte. Já Uma aventura no mundo de Tarsila mergulha nas cores e formas que marcaram sua pintura.

4. Semana modernista na escola

Proponha uma semana temática, uma abordagem rica para valorizar Tarsila do Amaral na escola, articulando diferentes linguagens artísticas e seu papel no modernismo. O livro Uma semana inesquecível pode inspirar esse percurso interdisciplinar.

Por que Tarsila do Amaral ainda ensina

Tarsila não foi só uma pintora brilhante. Foi uma mulher que ousou criar com liberdade em um tempo que pedia contenção. Foi uma brasileira que escolheu ver o país com olhos novos e fazer o mundo inteiro enxergar com ela.

Levá-la para a escola é contar sua história. É transformar sua arte em caminho pedagógico, sua ousadia em exemplo, seu legado em ferramenta viva de formação cultural. E talvez, nesse processo, a gente descubra que há muito de Tarsila em cada traço espontâneo que uma criança desenha quando se sente livre para criar.

Editora do Brasil S/A
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